Quando olhamos para o mundo, vemos os erros e falhas dos outros. Achamos que nós somos sempre melhores ou no mínimo mais coerentes. Ainda que não tenhamos acepção de pessoas, temos discriminação de pecados e em relação aos pecados discriminamos este ou aquele individuo. Por conta disto procuramos olhar para os outros e confrontar com o nosso espelho e vemos apenas a nós mesmos. Por isto quando olhamos se não vemos a nós mesmos, não gostamos do que vemos. Queremos conformar o mundo a nossa maneira de enxergar sem observar que Deus disse que o joio e o trigo cresceriam juntos. Achamos que somos trigo e do bom, para farinha especial e não queremos nenhum joio que nos atrapalhe.
Erguemos muros de vergonha e formamos um regime de apartheid onde somente os que pensam conosco estão entre os que Deus tem a obrigação de colocar no Reino junto conosco. Os que não nos agradam ou não compartilham o mesmo pensamento estão fora por determinação nossa.
Assim nos colocamos acima daquilo que somos e nos luciferiamos para exigir que Deus o Pai cumpra as nossas ordens e coloque no Reino apenas os que nós achamos dignos de estar em seu Reino, que agora já é o nosso reininho, onde só entra quem nós determinamos.
Subimos no pináculo do templo e olhamos para o mundo e vendo-o mudamos ao nosso bel prazer por interesse os designíos de Deus. Esquecemos que Deus é soberano e age onde e conforme Ele quer. Ainda que isto não vá de encontro ao nosso interesse. E normalmente não vai. Até porque, Deus é justo e a nossa “justiça” nada tem de justa. E quando queremos adequar as pessoas aos nossos pensamentos de “justiça” estamos apenas nos afastando de Deus. Estamos nos achando mais capazes de julgar do que o julgamento que Deus fez desde a eternidade, predestinando os seus para se tornarem como Cristo.
E normalmente Ele expõe ao ridículo o sábio e transforma o humilde em justificado. Na verdade nós deveríamos olhar para o nosso interior e observar o quanto precisamos de transformação pela mão de Deus. Só que na maioria das vezes nós queremos nos tornar aquilo que não somos nem nunca seremos. O outro! Queremos ser como o fulano ou o beltrano diante de Deus. E é ai que nos estrepamos.
Nós vamos nos apresentar diante de Deus como nós mesmos. Espero que nós mesmos melhorados pelo Espirito da verdade, que nos conforma e molda a Cristo. Ainda que para isto tenhamos que passar por vales e caminhos tortuosos e difíceis. Mais se somos Dele os caminhos nos levam sempre ao encontro com Ele. Até que possamos nos render completamente ao que É.
Ele que sempre está conosco e que nos dá misericórdia, mesmo quando não mostramos misericórdia. Ama mesmo quando não conseguimos amar. Mais nos ensina a sermos melhores até que a nossa cerviz seja totalmente dobrada diante Dele o Rei Jesus.
Não queremos ser como os do caminho do deserto, mas queremos entrar na terra prometida que em nós já esta, quando nos encontramos Nele conosco. Então já não somos nós mesmos, mas Ele em nós.
No Rei Jesus. Meu Senhor e meu Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário