A radicalidade destes últimos dias, junto aos países
muçulmanos, me fez olhar para o cristianismo e todas as suas intolerâncias
completamente diferentes de Jesus. Enquanto os muçulmanos se explodem os
“cristãos” fazem um aparteid segregando os diferentes. Com o pretexto de não
negociarem a fé, são capazes de destruir todo e qualquer tipo de amor e de
perdão.
Ei... Tira primeiro a trave do teu olho, para depois mostrar
o argueiro no olho alheio. Se deixarmos o Evangelho nas mãos dos “cristãos”,
são capazes de criarem cruzadas e jirhads muito mais sangrentas. Basta olhar as
muitas congregações que se agridem verbalmente quase chegando as vias de fato,
e muitas vezes os membros o fazem.
Intolerância de quem não conhece a verdade é compreensível,
mais de homens de Deus? O pior são as justificativas todas olhadas no passado,
em Davi, Sansão e tantos outros e não compreender que os mesmos nunca mudaram o
mundo. Deus sabia que quem o faria e fez, mudaria os homens por dentro, na alma.
Haveria uma mudança de pensamento, que
de forma alguma se conformaria com este tempo. Tempo em que os homens tentam
pender o que foi liberto e é livre. Tentam escravizar o que não mais se deixa
prender. E tempo em que tentam invalidar, ainda que digam que não, mais
demostram com atitudes que o sacrifício não foi consumado. Tempo que se negocia
a “fé” para obter lucros. Tempo que se tenta prender o Espirito em lugares
“santos”. Tempo que se determina quem é ou não é colocando marcas de besta nos
cérebros escravizados pelo imediatismo. Tempo que tenta prender ao próprio
tempo minimizando o sacrifício que foi feito em todos os tempos e para todos os
tempos e que não tem tempo, servindo assim como sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque, que nem tem princípios de dias, nem de existência.
Intolerância é não perceber que pregar a palavra não é subir
em um púlpito e desfilar conhecimento bíblico e que todos os que não souberem e
não quiserem se enquadrar nos “conhecimentos” literários devem ser lançados no
lago de fogo e enxofre. Intolerância é
achar que Jesus tem que obedecer os caprichos humanos de determinar quem entra
no Reino. Intolerância é afrontar o diferente sem nenhum tipo de amor e querer
muda-lo na marra, quando quem o faz é o Espirito. Intolerância é tomar para si
algo que Jesus já fez e que ninguém pode
mais fazer e ganhar méritos que são dEle. Intolerância é ver que pessoas de
outras crenças não são piores, apenas estão encobertos pela falta da verdade.
Verdade esta que Jesus foi radical ao mostrar como se deveria mostrar. AMANDO!
Radicalidade sim! Não negando a verdade e não negando o AMOR
de Jesus por todos. Radicalidade ao não tratar o diferente com desprezo e sim
se importando com a sua salvação, não brigando com ele mais o acolhendo na Fé
que demostrada faz pensar e querer conhecer. Radicalidade para entender que ser
radical não é carregar um machado para abrir cabeças e colocar seus pensamentos
em todas as abertas e sim compreende-las, amando-as como foi feito conosco, que
reconhecemos este amor na voz de Jesus. Seguimos a voz que reconhecemos como
verdadeira radicalidade, que nos mostra que cruzadas servem apenas para semear
ódios e conflitos que nunca salvaram a ninguém e só criaram mais ódio.
Radicalidade é saber que Jesus nunca foi “cristão” por que
foi Ele o Cristo e que todos deveriam ser discípulos espelhados Nele.
Radicalidade é se fazer de fraco para ganhar os fracos, como o apostolo Paulo.
Radicalidade é ser livre e se vender como escravo para semear o amor entre os
escravos como o bispo de Lion. Radicalidade é ler nas escrituras que pela Graça
sois salvos e crer que é assim. Radicalidade é crer sem nenhuma condição a ser
imposta para fazê-lo. Radicalidade é compreender que Jesus enviou seu Espirito
para que déssemos frutos de paz, longanimidade, alegria, bondade, benignidade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio e AMOR. Amor o maior de todos os dons.
Aquele que supera todas as coisas, que é capaz de cobrir multidão de pecados.
Intolerância não rima com amor! Seja um discípulo de Jesus e não um intolerante
radical que prega o inferno e a morte. Ele não obriga a segui-lo, ele não
questiona, coloca questões a serem pensadas. Ele não extermina o caído mais dá
a mão e sustenta-o até que fique de pé, escorando-o na verdade e no amor.
Olhe para o seu interior e veja se a intolerância já tomou
conta do seu ser, a ponto de não aceitar mais quem não congrega de seus
pensamentos e ideias. Se encontrar algum tipo de intolerância, volte e destrua
o muro que separa a intolerância da Fé em Jesus que se separa naturalmente por
amor a todos e recebe a todos os que crerão e sendo libertos nunca, nunca mais
se deixam escravizar, pois já morreu em Cristo Jesus e se fazem servos Dele por
amor.
Intolerância não é para discípulos de Jesus, mais para os
legalistas donos da “verdade” absoluta apenas neles e em doutrinas religiosas e
não em Cristo Jesus.
No Rei Jesus que está voltando. Vem meu Rei!
Sergio Valle.
Parabéns pelo textos, expressa o que todo cristão deveria ter dentro de si.
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